3*

Porque me parecem todos tão sérios? Agindo por abaixo de panos... Tens a ambição no olhar, apenas para por um minutos e sorrir.
A cada dia que passa isto tem-se tornado mais insuportável. Sozinha perco-me entre pensamentos e memórias, entre pessoas e sentimentos...
Já não consigo mais encarar as coisas como até agora encarei, não consigo mais ser fingida ao ponto de nos magoarmos a ambos. Sei que provavelmente não vais entender nada do que aqui te escrevo, mas prometo dar o meu melhor. Quero que te percas por momentos nas minhas palavras e que com elas surjam memórias, memórias de tempo melhores, de tempos piores e de tempos de amor sem fim. Neste momento eu não quero ser nada além de mim e montes de confusões invadem o meu ser.
Lamento que as coisas tenham de ser assim, tristes. Ambos agora caímos no fundo do poço e entramos numa espécie de desespero acordando para a realidade e por mais que me custe prenunciar isto, talvez tarde demais. Estamos tão lá no fundo que não encontramos a luz para arranjar uma maneira de subir. Talvez o fato de me encontrar outra vez sozinha a escrever enquanto as lágrimas escorrem pela minha cara me ajudem a perceber que tenho de continuar de cabeça erguida, para poder enfrentar aquilo que de agora em diante nos vai esperar. Mas esta a custar tanto, amar e te cruzares com ela todos os dias e não poderes agora sequer tocar-lhe! Sinto-me a explodir por dentro, como se o meu coração fosse amassado contra a parede torácica vezes e vezes sem conta até chegado ao momento em que explode e suja agora tudo... não consigo ver o que quero claramente, o vermelho começa a ofuscar a minha visão. De agora em diante é só sorrisos forçados, palavras sem sentido, acções de momentâneas, olhares soltos e frustrados... Fria? talvez. Quem sabe agora? Eu não!

1 comentário: